A medida do amor é a medida da partilha.
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Eu sempre me pergunto com quem tenho as trocas mais singelas e verdadeiras na minha vida.
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Não há novidades sobre o que penso sobre amor e amizade. E considerando que acredito ser a amizade a forma mais sincera de amor, venho mais uma vez me dedicar a defendê-la.
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É uma provocação, porque ao contrapor amizade e casamento numa reflexão sobre partilhas e amor, muitos se sentem intimados.
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Já me senti assim. Entendo disso.
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Vemos no casamento a obrigação da dedicação. Para casais que não têm a parte da sincera amizade no relacionamento, é mais difícil ainda se debruçar sobre isto.
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Mas toda reflexão é válida.
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Não há amor onde não há partilha. E é claro que existem incontáveis maneiras de se partilhar a vida com alguém.
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Mas é bom sempre nos lembrarmos que partilha é como gratidão, só existe objetivamente.
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Não é possível ser grato ao sol, à brisa fresca, ao tempo livre para ir ao cinema ou fazer qualquer coisa que se gosta.
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Só dá pra ter gratidão com pessoas. Porque a gratidão é uma resposta, uma reação a um ato positivo de outra pessoa em relação a nós.
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Assim, para ser grato, é preciso que tenha existido, de alguma maneira prévia, partilha.
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A amizade brota a partir de partilhas espontâneas, sem nenhum tipo de pressão social que dite seu modo de funcionamento. Diferente dos casamentos, né?
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Aquilo tudo que se exige do casal num casamento não se exige nas amizades. Por isto acredito que o “na alegria e na tristeza” é muito mais verdadeiro e espontâneo na amizade que nos casamentos.
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A amizade, por ter menos regras, nos ensina mais. Sobre amor, partilha respeito.