Amamentar

Amamentar

Quando meu filho nasceu, a decisão de amamentá-lo foi uma decisão solitária. Nenhuma amiga do meu convívio tinha filho àquela época. Nenhum médico tocou no assunto. A pediatra do meu plano, ao me ver na sala de espera da clínica no pré natal, me olhou num vestido tomara que caia e disse “sem sutiã e depois amamentando, esses peitos vão cair e aí eu vou ter que ouvir você reclamando depois”. Minha mãe insistiu por meses tentando me fazer desistir de amamentar o Francisco. Nunca se conformou que amamentei ao longo de 14 meses.
Por coisas assim é que temos que ter um mês inteiro para falar de aleitamento materno. Amamentação é #luta, é #resistência, é garantia de saúde, é alimento seguro. Amamentar também é #amor#cuidado, vínculo #carinho. E também nos proporciona uma sensação maravilhosa de conexão e pertencimento. Nenhuma mãe que não tenha amamentado vive menos que isto. As mães que não puderam, por qualquer razão, amamentar, tem também as mesmas sensações e sentimentos. Porque a maternidade é intensa sob quaisquer perspectivas. O amor e o senso de responsabilidade inundam a todas nós, nos fazem sentir como se a vida estivesse se refazendo a partir do momento em que damos de cara com um ser tão pequeno, tão frágil, tão nosso. Tudo o que vem depois é a compreensão e o esforço para entender que, na verdade, estamos de frente com um amor que so faz crescer e que nunca vamos compreender. A amamentação é uma dessas fases, uma experiência pela qual tive o privilégio de passar e da qual sempre me agrada lembrar.