Reflexão #81

Reflexão #81

Ontem, enquanto lia um post da minha amiga Dal, me dei conta da delícia que é ter lembranças boas.
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Ela estava relembrando, em homenagem ao aniversário do seu pai – já falecido- dos momentos que passaram juntos. E seu post me trouxe lembranças do meu próprio pai.
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A saudade, quando bate, permite que a gente re-sinta sensações boas que vivemos ao lado de pessoas que amamos.
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Quando é alguém com quem ainda podemos nos encontrar em vida, a saudade faz um misto das memórias passadas com planos de um encontro breve. Mandamos uma mensagem dizendo “saudades. Vamos nos ver?”
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Quando se trata de alguém que já partiu deste plano, a saudade se transforma numa coleção de lembranças boas que nos transportam para o passado e fazem o amor transbordar por todo o corpo.
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Saudade de quem já partiu é uma viagem no tempo.
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Ao ler as palavras que ela escreveu sobre como se lembra de seu pai, me transportei para minhas próprias memórias e foi tâo bom…
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A parte triste da falta que sentimos de nossos pais se dilui na memória dos momentos de alegria, de afago, de colo.
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Sentir saudades permite isso: retomar, através da memória, as sensações que o amor nos permite. A gente não abraça, não olha nos olhos, mas sente como se estivesse abraçando e olhando nos olhos.