Quantas vezes você já parou para pensar no envelhecimento? Quantas vezes usou o adjetivo VELHO de maneira pejorativa para descrever o avanço da sua idade? Quantas vezes você pensou em amadurecer? Eu, com o tempo, venho aprendendo a buscar caminhos para amadurecer. Comecei a minha jornada de pensar no envelhecimento porque me assusta ver amigas, da minha idade, se achando velhas e se sentindo menos potentes com a vida por conta disto. Tô muito longe de ser o que quero me tornar, mas vivo da insistência de não desistir. A vida é viagem de ida. Imagina o que é a leveza de não se sentir culpado por…. envelhecer. Porque, sim, tem gente que se sente mal por envelhecer. Repito: tem gente que se sente mal por envelhecer; por estar com 40 anos, 50… Como pode isso? Como pode alguém escolher sofrer por envelhecer, se apoiando na idéia de que comemorar as próprias conquistas e se alegrar com pequenas descobertas sobre nós vale menos do que se ancorar no passado, naquilo que fomos antes. Que sejam bem vindos os anos que nos esperam. Nosso passado já está em nós em forma de memória, de aprendizado. Não precisamos dele para mascarar a vida que ainda temos por viver. Não somos definidos pela nossa idade, nem pelas roupas que vestimos, nem pela idade dos nossos filhos. o que nos dá lugar na vida é o que sentimos e como partilhamos isto. Nossos assuntos nos guiam. E não temos assunto com as rugas, com o tamanho do nosso corpo, com a simetria dos nossos rostos, a cor ou o corte dos nossos cabelos.
Longe de ser o que quero ser?
