Nem toda #alegria é #felicidade? Nem toda felicidade é #alegre?
Uma vez uma amiga que conheci na universidade me disse , quando eu a questionei por ser muito rabugenta: “ser rabugenta me traz uma sensação boa”. Eu pensava que todo rabugento era infeliz e triste. Me incluía na conta.
Aquilo que nos alegra, aquilo que nos entristece, aquilo que nos conduz aonde queremos, aquilo que nos distância das coisas que planejamos e gostaríamos de ser e ter. Onde residem a alegria e a tristeza? Será que eu sei responder, bem sinceramente, se sou feliz?
Teve um tempo em que eu acreditava que saberia meu destino só de olhar a vida dos parentes que o tempo todo ouvia meus pais dizerem “você é igualzinha fulana” ou “você está fazendo igual sicrano”. E identifiquei, naquela época, procurando meu destino entre aquelas pessoas, que as duas famílias tinham, cada uma, um perfil característico: uma era de gente alegre, porém cheia de infelicidades. A outra, cheia de gente feliz, porém de poucas alegrias explicitas.
Hoje olho para estes meus julgamentos com cautela, afinal só cada um sabe de suas felicidades, tristezas, alegrias e infelicidades. Mas passou a ser uma referência para importante mim conseguir identificar a diferença entre cada uma delas e o reconhecimento de que são pessoais e intransferíveis.
Aqui na rede é muito comum a gente sempre tentar compartilhar alegrias que muitos lêem como felicidade. E também dores, que muitos lêem como infelicidade.
Nem todo mundo concorda que é melhor ser alegre que ser triste. Nem todo mundo acredita que a alegria é a melhor coisa que existe. Cada um sabe seu jeito de ser feliz. E de ser triste. 🙂
Vontade de sentar com #Tolstói tomar uma #breja e perguntar: camarada, será mesmo que todas as famílias felizes se parecem e cada família infeliz é infeliz à sua maneira?
Reflexão #47
