Reflexão #51

Reflexão #51

Não existem instruções objetivas para a alma? Por isto existem os sentimentos?


De todas as instruções de vida que costumamos procurar nas amizades, com ajuda de mestres, de livro, personagens, viagens, oração, fé, onde quer que seja, seja o que for, não há chance de que aquilo que procuramos para a alma venha de fora para dentro.


O corpo até pode ter respostas a objetividades. Organizar o relógio biológico, dar um gás no metabolismo, se exercitar para sentir endorfina e mais leveza para organizar as idéias. Estas coisas podemos aprender e apreender com informações e receitas que alguém nos ensina e praticamos.


Mas como praticar as coisas da alma? A alma a gente encontra com ela na sensação, no sentimento, no pulsar. Não é no pensamento.


Não é na elaboração objetiva que encontramos com a alma. Mesmo que precisemos passar por todas as coisas objetivas antes de nos encontrarmos com a alma, o encontro é subjetivo e mora na sensação, no sentimento.


Não tem como explicar sensaçôes. Nem as boas, nem as ruins.


Ninguém pode explicar a você exatamente o que sente quando alcançou um objetivo, quando sentiu medo, quando criou coragem.


Você não tem como explicar exatamente a outra pessoa o que sente quando a água do chuveiro escorre pelo seu corpo, quando troca um olhar cúmplice com alguém que ama, quando dá a primeira mordida no seu lanche favorito e sente o bacon crocante sendo quebrado por seus dentes e encostando na sua lingua.


Sensações são domínios da alma. E para elas não há adjetivos nem objetividades. Só sentindo mesmo.