Amar é um verbo contundente

Amar é um verbo contundente

O amor é inexorável, necessário. Mas ele não é um sentimento para ser sentido espontaneamente, como se o fato de ele existir bastasse para ser partilhado. Não falo do amor que julgamos sentir pelo café, pelas viagens, por um bom pedaço de filé. Digo do amor de olhar para si. Aquele que é coragem, autocrítica. E que também exige olhar para o outro. Amar é um verbo contundente. É provavelmente a experiência que mais se conecta com nossa essência. O amor por nós mesmos se transforma ao longo de nossas vidas. Aprender a amar a si mesmo é o próprio sentido do amadurecimento. Porque amar é sentir. A gente ama, antes de mais nada, sentindo. E o sentimento, só depois que toma forma dentro de nós é que sai para ser partilhado. Sinto isto todo dia, na responsabilidade que é criar um filho. O que é educar um filho se não ensiná-lo a sentir e amar com responsabilidade? E a gente só ensina a sentir e amar com responsabilidade, sentindo e amando com responsabilidade.