Como eu gosto de preguiça. Gosto de espreguiçar também. E lagartear em dias de frio. Ficar assim sentada de papo pro ar, olhando as nuvens passando, ouvindo o vento junto com uma música que gosto. Posso passar 1… 2 horas assim. Sem dormir, sem acordar; imersa num nada.
Sinto falta de pessoas que sentem preguiça. Eu e a minha amiga Adriana passávamos tardes inteiras de preguiça na nossa adolescência. As vezes horas sem trocar uma palavra sequer. É pura conexão. O sentido máximo de pertencimento. Esses momentos de preguiça em dupla nos conectaram para sempre. Nem que a gente queira dá pra separar. Fica na alma, debaixo da pele, nas células. Acho tão feliz a experiência de ter amizades assim. E a gente só faz em dupla quando faz sozinho também. Ficar assim, de papo pro ar, parece que faz minha cabeça virar algodão doce. Vai expandindo, ficando leve. Tem horas que desligo totalmente, tem horas que tenho insights. Sinto como se estivesse me dividindo em várias, me multiplicando em milhões de pedacinhos. Hoje, nesta preguiça de agora, tô conectada é com a vontade de dividir este momento com alguém. Que preguiça também pode ser expectativa de encontrar um preguiçoso pra chamar de nosso, tipo o Flecha, meu bicudo favorito, na sua rotina de 20 horas de preguiça diária. ♡♡♡
De papo pro ar
