É verdade este bilhete

É verdade este bilhete

Hoje, passando em frente a uma farmácia, ví um aviso colado logo acima do marcador de peso: A BALANÇA ESTÁ CERTA. Quem será que não aceita o próprio peso e joga a culpa em quem cuida da balança?? Hahaha. Eu!!☝️😊. É mais fácil culpar algo de fora da gente, que nos tira a responsabilidade. Bilhetinho cheio de subjetividades essa advertência da balança! Achei tanta graça… Mas apesar de ser comum a resistência, precisamos muitas vezes assumir muitas vezes que estamos errados e as outras pessoas estão certas. Também precisamos assumir que muitas vezes estamos certos. Não que a vida seja um jogo de certo-errado, mas costumamos errar em julgamentos, em preconceitos, na conta que fazemos de cabeça, naquele momento em que nos distraímos sobre a bicicleta e passamos para a contramão da ciclovia… Erramos o tempo todo e isso não é, de fato, nenhum tipo de problema quando temos maturidade para consertar o erro (no caso da conta de cabeça e da contramão da ciclovia) ou rever nossas crenças (no caso dos julgamentos e preconceitos).
Me lembro de quando era adolescente e tive uma vez, ao final de um namoro que me deixou muito triste, vontade de colar um bilhete na minha testa avisando que não queria falar sobre aquilo. As pessoas julgavam que estava na hora de eu arrumar outro namorado, não respeitavam meu luto e isto me irritava profundamente. Tenho uma amiga que já adulta – agora, atualmente- sempre diz que tem vontade de colocar uma coroa sobre a cabeça onde tenha escrito “Pessoas chatas, não se aproximem”. Mas ela completa dizendo que as pessoas chatas não sabem que são chatas e que o aviso poderia afastar dela pessoas legais que têm autocrítica. Também acho graça disso. E olhando para a foto, e lembrando da observação da minha amiga, penso que a autocrítica não é uma dádiva, mas algo que a gente constrói e que demanda da gente muita cautela para não pender pro lado ruim- o lado do auto flagelo. Assumir nossos erros e dificuldades, aliás, nos leva muitas vezes para um lado divertido da rotina. Obs: “É verdade este bilhete”.