Tem várias maneiras, na vida, de saber que pessoas gostam da gente. Aqueles memes que uns amigos enviam porque sabem que vamos nos divertir. Uma ligação de uma amiga dizendo “acabei de assar pão; tô passando aí deixar pra você ainda quentinho”. Quando encontramos um vizinho na esquina e ele diz “não sabia que você era amiga de fulano, ele faz academia comigo e me contou histórias de vocês”. Um convite prum vinho ao por do sol ou um pudim de claras no restaurante preferido. Cada um de nós tem suas amizades e amores para saber como isto é gostoso e traz uma satisfação. Mas eu tive a sorte de passar duas vezes por uma experiência ímpar de me sentir amada. Foi quando fui chamada para ser madrinha de crisma da minha prima e fui adotada como madrinha pelo meu sobrinho. Paula e Raul. Eu me lembro do dia em que ela me chamou. Me senti tão surpresa, não esperava. Ela me disse “não precisa ter responsabilidade”. Nunca entendi o que quis dizer com isto, mas o argumento sem sentido, em si, já explica o porquê ela me escolheu- minha cara. Ele, quando crescidinho, soube que só o tio era padrinho dele com uma outra pessoa. Ao saber que eu não era “nada além de tia torta”, passou a me chamar de Dinda. E eu também vi o movimento como uma justificativa para entender porque ele me adotou desta forma- minha cara. E então passei a ter dois afilhados. Sempre amei o título. MADRINHA. DINDA. Mas mais que isto, me eleva a alma a sensação de ser escolhida por duas pessoas que não se conhecem, mas têm tanto em comum. São pessoas descoladas, cheias de vida, que gostam de música, de filme, de cultura pop, que se irritam com gente chata. E que conversam na mesma cadência que eu. Me sinto completa. Obs: isto é um post de parabéns☆☆☆. Porque os dois fazem aniversário esses dias, quase juntos)
Madrinha. Dinda
