Reflexão #53

Reflexão #53

E aí, hein? Será que é isto mesmo?

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Nos últimos meses tenho ocupado minha rotina resolvendo coisas do presente e do futuro. Enquanto me mexo, sonhos têm preenchido meus pensamentos; ao mesmo tempo, a #ansiedade me traz possibilidades de realizações.

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Nunca fui dada a realizar. Pró-atividade não é um adjetivo que combina comigo. Não era. Percebi que de tempos para cá, com o passar dos anos, fui assumindo protagonismos em mim. E protagonismos requerem astúcia e disposição e… pró-atividade.

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Depois de me dar conta disto, comecei a pensar como é que o sonhador vê o mundo e como o vê o realizador. Percebi que aos sonhadores tudo parece perto de se alcançar, mas ao mesmo tempo difícil, porque para se tornar alcançável exige um esforço com o qual o sonho, em seu estado de pureza, não se permite estar.

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Para quem realiza, para quem quer a sensação da conquista, o mundo é uma infinidade de possibilidades, muito diferente daquele pequeno caminho imaginário que liga o sonhador ao seu sonho.

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O sonhador vê seu sonho. O realizador vê todas as possibilidades, o plano A, o plano B, o C, o D, as ferramentas, a condição climâtica, as rotas de fuga, o repelente, o tempo de descanso, de aprendizado, de espera, de pressa e agitação.

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É claro que nenhum de nós é só uma coisa outra. Temos sonhos e planos em nossas jornadas pessoais. Alguns se negam a sonhar por medo, outros se negam a planejar por insegurança. Mas a própria negação revela o que existe em nosso cerne.

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Somos seres sonhadores e realizadores. Como disse Drexler, “nunca estamos quietos, somos transhumantes. Somos padres, hijos, nietos e bisnietos de inmigrantes. És más mio lo que sueño que lo que toco”.

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Tenho me percebido assim. Por isto a partilha aqui. Como estou afirmando uma experiência pessoal da qual ainda duvido um pouco, fica a pergunta: você concorda comigo?